O que é Síndrome de Asperger?

Quem é pai ou mãe de uma criança com autismo certamente já ouviu sobre Síndrome de Asperger algumas vezes. Para quem ainda não está habituado com essa nomenclatura, vale a leitura para entender um pouco mais sobre o assunto.

Vamos lá! Há alguns anos, a Síndrome de Asperger era frequentemente relacionada ao autismo, porém tratada como um transtorno diferente. Até que em maio de 2013, a Associação Americana de Psiquiatria passou a incluir a síndrome como uma das variações do TEA (Transtorno do Espectro Autista).

Na prática e de forma mais simples, podemos dizer que a Síndrome de Asperger é considerada uma forma mais “branda” do autismo. Também podemos encontrar as características da síndrome na Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID – 10), criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Características da Síndrome de Asperger

Diferentemente de outros graus mais severos do autismo, a Síndrome de Asperger não traz de forma tão clara as características típicas do transtorno. Por isso, muitas vezes o diagnóstico acaba sendo mais tardio: entre 5 e 11 anos de idade, segundo a Asperger Syndrome Coalition of the United States.

Assim como em outros graus do TEA, as crianças com a Síndrome de Asperger apresentam dificuldades na interação social, mudanças bruscas na rotina, comportamentos restritivos e repetitivos.

A diferença, porém, é que os indivíduos com a síndrome são um pouco mais verbais, pois há menor comprometimento na fala, o que acaba gerando mais facilidade para se adaptar à vida cotidiana, se comparados com outros quadros do TEA.

VEJA TAMBÉM: 10 Mitos e Verdades sobre Autismo

Outra especificidade da Síndrome de Asperger é que, em alguns casos, a pessoa tem interesse em demasia por determinado assunto ou atividade, a nível de obsessão mesmo. Não é raro que a criança demonstre algum talento em áreas específicas, como matemática, esportes ou música.

E geralmente é esse o ponto que causa grande dificuldade na identificação da Síndrome de Asperger. Devido a maior facilidade na fala, vocabulário mais extenso e habilidade para alguma atividade, os pais acreditam que o filho é simplesmente talentoso e não se atentam aos demais sinais relacionados ao TEA – o que acaba retardando o diagnóstico e também o tratamento.

Diagnóstico e Tratamento da Síndrome de Asperger

Assim como os demais transtornos, o Asperger tem seu diagnóstico clínico por meio da observação. Geralmente, a identificação dos sintomas é mais latente no período escolar, quando a criança sente maior dificuldade de socialização. Por isso, é importante a percepção dos pais e professores para notar comportamentos característicos do TEA e procurar ajuda profissional adequada.

Como cada criança tem um universo particular, quando falamos da Síndrome de Asperger o tratamento também não é padronizado, e deve se adequar às características de cada um, variando de acordo com as habilidades e níveis de interação social.

LEIA TAMBÉM: Novos tratamentos para o autismo

Por isso, eu sempre digo que o tratamento ideal é multidisciplinar e envolve profissionais de áreas distintas, como psiquiatra, neurologista, psicólogos, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, educadores e profissionais de educação física, que trabalham em devem trabalhar em equipe as questões para o desenvolvimento de habilidades sociais e motoras, educação especializada e terapia cognitiva.

Quanto antes a criança iniciar o tratamento, melhor. Apesar de a Síndrome de Asperger ser mais branda, um acompanhamento adequado ajuda a reduzir estereotipias e outros problemas como transtorno bipolar e depressão.

Espero que tenha gostado do tema de hoje. Aproveito e peço a você para compartilhar nosso artigo em suas redes sociais, para que possamos espalhar o conhecimento! Obrigado e até breve!