A prática de atividades físicas ajuda a desenvolver funções executivas?
As funções executivas são cruciais durante o processo de amadurecimento de uma pessoa. Contudo, o desenvolvimento delas pode ser acelerado ou mesmo regredido de acordo com o dia a dia da criança ou adolescente.
Isso porque essas funções estão relacionadas aos pensamentos, ações e emoções, isto é, ao escolher ficar mais recluso ou evitar o convívio social, a pessoa não desenvolve a capacidade cognitiva como deveria.
A longo prazo, isso resulta em dificuldades para interagir, conviver em sociedade e, acima de tudo, compreender os próprios valores cognitivos, como a capacidade de memorizar tarefas, ter raciocínio lógico, ser flexível ao encarar tarefas, solucionar problemas, entre outras funções.
Especialmente entre crianças e adolescentes com diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA), essas funções são ainda mais importantes por estarem ligadas à qualidade de vida.
Felizmente, a atividades físicas desenvolvem as funções executivas. Hoje, este artigo da Esporte e Inclusão apresenta tudo o que você precisa saber!
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O que são funções executivas?
As funções executivas podem ser compreendidas como valores cognitivos relacionados à capacidade controlar pensamentos, tomar decisões, resolver problemas, executar ações e controlar emoções.
Portanto, elas garantem à criança ou ao adolescente todas as habilidades necessárias para controlar e organizar pensamentos, ações e emoções de modo racional durante um conflito ou distração.
Hoje, a função executiva pode ser dividida em três valores:
1 – Autocontrole
2 – Memória de trabalho
3 – Flexibilidade cognitiva
Juntas, eles são desenvolvidos ainda na infância e acompanham a pessoa por toda vida.
Como o próprio nome sugere, o autocontrole está relacionado a seguir um código de etiqueta e abrir mão de algo que parece ser tentador. Essa função cognitiva favorece a atenção, reduz a impulsividade e mantém a criança concentrada.
Já a memória de trabalho diz respeito ao processo de armazenamento de informações, isto é, a capacidade de manter informações recentes disponíveis na cabeça, auxiliando na hora de fazer contas mentais e desenvolver ideias.
Por fim, a flexibilidade cognitiva diz respeito à criação de ideias e à capacidade de lidar com diferentes problemas que não estão sob controle do jovem.
Funções executivas para crianças com TEA
As funções executivas se desenvolvem à medida que a criança interage em grupo por meio de brincadeiras e esportes. Especialmente entre crianças com grau de autismo, essas funções podem ser desenvolvidas de modo tardio por conta do isolamento do pequeno.
Neste sentido, o esporte e brincadeiras lúdicas estão entre as principais formas de promover um desenvolvimento mais natural e garantir a capacidade de lidar com as próprias emoções de modo autocontrolado e racional.
O esporte ajuda por ter regras e estimular respostas rápidas e ao mesmo tempo lógicas em busca de um determinado objetivo, como marcar um gol ou arremessar a bola na cesta de basquete.
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Como o esporte desenvolve uma função executiva
O esporte ajuda na hora de desenvolver funções executivas e deve ser usado, preferencialmente, em crianças a partir dos cinco anos.
Entre os esportes e atividades pode ser usado esportes de contato, aeróbica, dança e contação de histórias. Em comum, essas brincadeiras oferecem desafios e práticas de autorregulação.
Em casa, os pais contam com brincadeiras lúdicas, como jogos de faz de conta, nos quais são apresentadas representações de cargos sociais e trazem uma trama que reflete nas necessidades de gerir os próprios sentimentos.
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Com uma rotina estabelecida, a criança treina as funções executivas e logo os pais veem melhoras no raciocínio lógico e na redução de problemas associados ao comportamento.
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Maria Inez Silveira Castilho Badra
17/09/2022 em 11:39Muito bom o seu artigo. Cada vez mais entendemos a importância das atividades físicas para todas as pessoas, sejam quais forem as suas dificuldades e ou problemas.
” Vida é Movimento”
Tiago Toledo
06/11/2022 em 13:26Com certeza 👍