Jiu-Jitsu para crianças com autismo
O jiu-jitsu para crianças com autismo é mais um esporte que podemos incluir na lista de atividades que ajudam quem tem o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Assim como outras modalidades, melhora a interação social e as coordenações cognitiva e motora.
Hoje vou contar para você a história do Filipe Caio Lemos Alves de Oliveira, um garoto de 13 anos com autismo moderado que pratica jiu-jitsu desde 2015. Ele já participou de lutas simbólicas e fará mais uma, agora com direito à medalha, durante o 1º Open Tatame Clube de Jiu-Jitsu, torneio que acontece em Natal, no Rio Grande do Norte, nos dias 24 e 25 de fevereiro.
O evento é uma realização do portal Tatame Clube, um dos principais portais de jiu-jitsu do país e reconhecido por grandes atletas. Os sócios Eduardo Moreno e Samuel Aquino decidiram aproveitar o evento para falar sobre a conscientização do autismo e de como o esporte pode beneficiar crianças, adolescentes e adultos com esse diagnóstico.
Como o jiu-jitsu entrou na vida de Filipe Caio?
Suely de Lemos Alves Oliveira, mãe de Filipe Caio, assistiu a uma entrevista no programa Encontro com Fátima Bernardes e conheceu a história de um rapaz com autismo que lutava jiu-jitsu. Foi aí que ela percebeu o quanto a atividade física poderia fazer bem para o seu filho também.
“Um dia vi meu vizinho, Cauã, de quimono e o questionei. Ele me contou que participava de um projeto social perto de casa, na qual um professor dava aulas de jiu-jitsu. Como meu filho já conhecia esse vizinho, fomos com ele assistir à aula”, lembrou Suely.
Ao chegar lá, a mãe contou que Filipe Caio se encantou ao ver Cauã lutar e foi muito bem recebido pelo professor e pelos alunos. No mesmo dia, ele subiu no tatame e, desde 2015, frequenta o projeto toda semana. “Subir no tatame com o ginásio lotado não é mais barreira para meu filho, pois ele tem o objetivo de ganhar uma medalha”.
Benefícios do jiu-jitsu para crianças com autismo
Ao perguntar para Suely as mudanças que o jiu-jitsu trouxe para a vida de Filipe Caio, ela me contou seis delas:
Responsabilidade: o garoto passou a ter consciência do compromisso que tem toda semana e se organizar para não faltar aos treinos.
Disciplina: algumas crianças com autismo têm dificuldade de entender as regras, mas o jiu-jitsu trouxe essa habilidade para a vida de Caio.
Condicionamento físico: com a prática do esporte, o corpo do adolescente ganhou mais flexibilidade.
Interação: Caio passou a conversar e até a brincar com os demais lutadores antes do treino. Ele sabe o nome de todos e sente quando alguém falta.
Medicação: desde que começou os treinos, Caio parou de tomar remédios, algo que fazia desde os três anos de idade.
Comportamento: antes de ingressar no esporte, o adolescente dava muito trabalho na escola e todo dia sua mãe ouvia reclamações. Agora, tudo está muito mais tranquilo.
Além do jiu-jitsu existem outros esportes para crianças com autismo, entre eles natação e capoeira. O tipo de atividade mais indicada vai depender da adaptação do aluno e do grau de autismo. O importante é testar e ver o que cada criança gosta.
Espero que, assim como eu, você tenha se encantado pela história de Filipe Caio.
Caso haja algum assunto relacionado ao autismo que você tenha dúvidas, deixe sua sugestão em nossos comentários!
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Denise
27/03/2018 em 19:36Boa noite tenho um filho autista e residimos em Goiânia, vc tem professor p indicar aqui p Jiu-jítsu ou capoeira?
Tiago Toledo
12/06/2020 em 14:44Oka Denise, desculpe pela demora para responder, voce acho um professor Durant esse periodo ?