Como desenvolver a coordenação bilateral em crianças com TEA?
A coordenação bilateral é algo que faz parte do cotidiano de qualquer pessoa, especialmente entre crianças com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Isso porque essa habilidade está presente em quase toda brincadeira.
Ainda no sentido da coordenação motora bilateral, as crianças com TEA têm dificuldade em coordenar movimentos que, em teoria, parecem simples. Em média, o relatório Estratégias para o Transtorno do Espectro Autista: interação social e intervenções terapêuticas indica que mais de 30% dos jovens enfrentam algum tipo de prejuízo motor.
Felizmente, o esporte e a estimulação motora podem ser terapias fáceis e acessíveis para os pais interessados em desenvolver as coordenações motoras, principalmente a bilateral.
No artigo de hoje, o Esporte e Inclusão explica como a coordenação bilateral funciona e a importância do esporte na hora de combater as possíveis dificuldades que crianças com TEA podem enfrentar!
O que é a coordenação bilateral?
A coordenação bilateral é a junção das ações motoras dos lados esquerdo e direito. Isto é, toda coordenação que executa partes esquerdas e direitas em uma mesma ação, como agarrar uma bola com as duas mãos.
Quando aplicado à realidade de uma criança com autismo, a coordenação motora bilateral enfrenta dificuldades em exercícios pouco mais complexos. Como, o toque da mão esquerda no ombro direito, o toque da mão direita no joelho esquerdo e assim por diante.
Essa dificuldade não gera prejuízos tão sérios, mas compromete e acentua outras problemáticas do TEA. Neste caso, uma forma de minimizar é a partir do esporte, dando preferência a brincadeiras que aconteçam ainda nos primeiros anos.
Isso tudo porque o esporte, especialmente na infância, age e muitas vezes depende da fluidez da coordenação bilateral. Portanto, a brincadeira também tem caráter terapêutico e refina ainda mais a coordenação em tempo real dos dois lados do corpo.
Como o esporte desenvolve a coordenação bilateral de crianças com TEA?
O esporte e a estimulação motora desenvolvem a coordenação bilateral por envolverem atividades simples que trabalham as coordenações esquerdas e direita, aumentando a precisão das crianças que podem enfrentar algum tipo de dificuldade.
https://www.youtube.com/watch?v=Qs-tamnzM6Q
Brincadeiras e esportes simples, como bola ao cesto, amarelinha, pega-pega etc, são grandes aliados de pais interessados em terapias combativas e, ao mesmo tempo, mais simples.
Em todos os exemplos, essas brincadeiras contam com ações repetitivas e mais ágeis de braços e pernas, tanto do lado esquerdo quanto do direito. Além disso, essas brincadeiras também melhoram a coordenação motora grossa e fina.
Inclusive, mais recentemente, o Esporte e Inclusão preparou uma lista de brincadeiras para estimular a coordenação motora grossa e fina. Caso queira saber mais, não deixe de ler!
Com a coordenação bilateral mais refinada, as crianças e jovens com TEA aumentam a precisão dos movimentos e, ao mesmo tempo, evitam problemas mais acentuados em outras características do TEA, como o pouco convívio social e tato para relações.
Coordenação bilateral, esporte e o processo de inclusão
O esporte é um grande aliado da inclusão e está entre as melhores terapias para crianças com TEA. Por meio de atividades lúdicas, os esportes e brincadeiras são acessíveis e podem ser facilmente incluídos no dia a dia.
Muita dessa importância nasce do caráter mais acolhedor do esporte, isto é, dificilmente uma prática não é inclusiva ou implica em grandes dificuldades de ser levado a determinado objetivo.
Pelo contrário, brincadeiras simples não só melhoram a coordenação bilateral, como geram mais convívio social à criança e evitam uma infância distante de brincadeiras comuns.
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