Benefícios da ginástica artística para autistas

Em um primeiro momento, a ginástica artística pode parecer ser muito complicada. Mas, na verdade, a modalidade é bastante recomendada para crianças com Transtorno do Espectro Autista.

Isso porque a ginástica artística é mais versátil do que se pode imaginar. Cama elástica, barras paralelas, traves, blocos de plástico, tatames acolchoados e outros equipamentos são a base para despertar risadas e criar brincadeiras que ajudam as crianças com autismo a conhecerem novas possibilidades de lidar com o mundo.

Pessoas com diferentes graus de autismo podem fazer aulas de ginástica artística. Como cada uma tem um tempo de aprendizagem, é essencial que o professor de Educação Física determine as melhores atividades que atendam às necessidades de cada aluno.

O que a ginástica artística pode fazer pela pessoa com autismo?

Há uma pessoa que sabe muito bem os benefícios que a ginástica artística oferece para pessoas diagnosticadas com autismo. Rodrigo Brivio é professor de educação física e especialista em psicomotricidade voltada para crianças com TEA. Ele tem um belo projeto particular há 13 anos na BodyTech Città, no Rio de Janeiro, por onde já passaram mais de 300 alunos.

“Os profissionais que trabalham com crianças com TEA nos indicam para a estimulação motora e consequente aumento da atenção, disciplina e autonomia”, explica.

Além dos exercícios, Rodrigo insere nas aulas as lições que os alunos estão aprendendo na escola, como forma de reforçar o aprendizado e estimular ainda mais as crianças.

De forma bastante lúdica, Rodrigo utiliza os aparelhos da ginástica artística para desenvolver a linguagem da criança com TEA e trabalhar concentração, equilíbrio, ritmo, velocidade e força.

A sociabilização também é um comportamento estimulado pela ginástica artística, pois na academia as atividades são realizadas por vários alunos ao mesmo tempo.

“As aulas no projeto da BodyTech têm duração de 40 minutos, e os atendimentos são de segunda a sábado. Há alunos praticando uma, duas e três vezes na semana, auxiliados pela minha equipe de 12 pessoas”, conta Rodrigo Brivio.

É incrível ver crianças pulando cordas em camas elásticas, usando bambolês e andando com facilidade e equilíbrio nas traves.

Esses exercícios, além do uso de materiais pedagógicos, terapêuticos e sensoriais, vão dando aos pequenos com autismo a capacitação para fazer coisas simples, mas essenciais no dia a dia.

“Qualquer criança tem que ser estimulada a ter uma vida independente, como calçar seus sapatos, tirar sua roupa e beber água sozinho. E com a criança com TEA não pode ser diferente”, defende Rodrigo.

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Se você que é pai de uma criança com autismo e ainda não conhece os benefícios que a ginástica artística e outros exercícios físicos podem oferecer, procure um professor de Educação Física e defina com ele as melhores atividades para ajudar seu filho a se desenvolver melhor.

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