Inclusão escolar de alunos com autismo

Quem é mãe, pai ou responsável por uma criança com Transtorno do Espectro Autista, certamente já se deparou ou irá enfrentar uma dúvida bastante comum: como será a rotina do meu filho na escola? A inclusão escolar de alunos com autismo é uma questão que precisa ser discutida.

Nesse artigo, abordamos questões relacionadas à inclusão escolar de alunos com autismo. Por isso, conversamos com a pedagoga Sara Yoshikawa, especialista em autismo e atrasos no desenvolvimento da Learn Educação, a quem agradecemos a participação e a disponibilidade em esclarecer alguns pontos importantes sobre o tema.

Antes de qualquer coisa, devemos entender que a educação é um direito assegurado por lei. Desde 2012, a legislação reconhece a pessoa com autismo como portadora de deficiência e, portanto, ela tem assegurada todas as políticas de inclusão do país.

Mas, na prática, a inclusão escolar de alunos com autismo nem sempre acontece como deveria, ainda mais nos casos de crianças com grau de autismo mais severo. Isso porque boa parte das escolas de ensino regular nem sequer está preparada para implementar estratégias de ensino e impulsionar o desenvolvimento destas crianças.

Por isso, os pais devem ser persistentes e trabalhar em conjunto com os profissionais de educação, de forma a gerar uma inclusão efetiva do aluno, tanto nas questões de aprendizagem acadêmica e comportamentos sociais.

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Inclusão escolar de alunos com autismo: o que fazer?

Após matricular o filho na escola, seja ela uma instituição regular ou de ensino especial, os pais precisam acompanhar de perto a rotina desta criança, para garantir o processo de aprendizagem e a inclusão.

Desta forma, a inclusão escolar de crianças com autismo envolve a flexibilização de conteúdos e implementação de práticas efetivas de ensino, bem como os métodos de avaliação, pois nem sempre provas regulares com notas vão ser indicadas.

Preparar o ambiente de sala de aula e incentivar a sociabilização da maneira correta com outros alunos também são pontos importantes para promover a inclusão.

Claro que, como professor de educação física, também não posso deixar de mencionar a importância de trabalhar o desenvolvimento de habilidades motoras através do esporte. Praticar atividade física regularmente não somente melhora o condicionamento e a coordenação de movimentos, como também ajuda a reduzir estereotipias, melhora a concentração, desenvolve a força e aumenta a independência e a qualidade de vida.

Vamos a um exemplo prático: uma criança com autismo que pratica esportes coletivos, como futebol ou basquete, acaba desenvolvendo uma noção maior de espaço, lateralidade e controle de força. Indiretamente, ela também aprende a respeitar regras, lidar com a frustração de perder um jogo e interagir com outros alunos.

Veja aqui neste artigo algumas sugestões de esportes para crianças com autismo e os benefícios particulares de cada modalidade.

Percebeu como tudo faz parte de um conjunto de coisas e atividades que se complementam e precisam estar em harmonia? Assim, esteja sempre presente na escola do seu filho, converse com todos os profissionais de educação e avalie se a instituição está, de fato, promovendo o desenvolvimento da criança com autismo.

Espero que você tenha gostado do nosso conteúdo e que as dicas ajudem de alguma maneira! Não deixe de comentar aqui no blog e sugerir novos temas para nossos artigos. Obrigado e até a próxima.

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