Autismo é hereditário?
O transtorno do espectro autista (TEA) é sempre cercado de muitas dúvidas: o autismo é hereditário? Quais são as causas? O que fazer se confirmado o diagnóstico? Vamos tentar responder a algumas dúvidas por aqui.
Como trabalho com crianças com autismo há bastante tempo, uma das perguntas que pais e mães mais me fazem é se o autismo é hereditário. A preocupação é válida porque as causas do TEA não são completamente claras.
Mas vamos à resposta: o autismo é hereditário? De acordo com uma recente pesquisa feita pelo Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido, o autismo é praticamente inteiramente de origem genética, com a constituição biológica sendo responsável por entre 74% e 98% dos casos. As outras prováveis causas estão ligadas à alterações ambientais, como por exemplo complicações no período de gestação.
Entre os problemas genéticos, devemos destacar que nem sempre estes são herdados, mas podem, sim, acontecer de maneira espontânea.
LEIA TAMBÉM: 10 Mitos e Verdades sobre o Autismo
Desta forma, o autismo é considerado um distúrbio de neurodesenvolvimento em que a herança genética tem seu papel mais acentuado. Não está ao alcance da biologia, porém, condicionar o destino final, já que o ambiente altera a expressão dos genes.
Dessa forma, não é possível prever com precisão quando uma criança nascerá com autismo, mesmo já havendo um histórico familiar.
Além do autismo hereditário
Agora que você já sabe que o autismo é hereditário em boa parte dos casos, é necessário entender também as demais causas, algumas com dados mais comprovados, outras ainda em estudo.
Pesquisas apontam que o uso de antidepressivos durante a gravidez, por exemplo, pode dobrar as chances de desenvolvimento de autismo no bebê. A conclusão é de um estudo publicado em 2011 pelo periódico Arquives of General Psychiatry, na Califórnia, Estados Unidos.
A análise sugere ainda que a relação entre antidepressivos e autismo é ainda mais forte quando os medicamentos são utilizados no primeiro trimestre da gestação.
Outro estudo, publicado em 2012 pela revista americana Pediatrics, apontou também que a gripe constante na gravidez aumenta duas vezes mais as chances de a criança ser diagnosticada com TEA até os três anos de idade. A pesquisa envolveu 96.736 crianças nascidas na Dinamarca, entre 1997 e 2003.
Além desses dados, podemos encontrar facilmente alguns estudos que relacionam o autismo à obesidade da mãe, à falta de vitamina D, ao tabagismo e à poluição do ar, além de outros fatores que ainda estão em estudos.
Reunimos nesta página as perguntas mais frequentes sobre o autismo. Clique AQUI e confira!
Ah, e se você tem algum tema que gostaria de saber mais, escreva pra gente sua sugestão aqui nos comentários. Compartilhe também nossas matérias em suas redes sociais! Obrigado e até breve!
IRANILDA GRIFFO DE LIMA BARBOSA
20/06/2018 em 13:20Este tema me interessa muito,pois hoje nas escolas e no meio em que vivenciamos nos deparamos com muitas pessoas portadoras deste transtornos.E o mesmo ainda gera muitas duvidas.Pesquisei e achei estas respostas !!!!