Existe idade mínima para a criança praticar esportes?

O ato de praticar esportes está entre os principais estimulantes para aprimorar a coordenação motora e garantir uma vida mais saudável para as crianças. Especialmente entre aquelas diagnosticadas com TEA, os  exercícios também são excelentes aliados.

Porém, assim como qualquer mudança, a ginástica, o atletismo e outros esportes precisam ser inseridos à rotina com atenção. Acima de tudo, os pais precisam ter em mente que nenhuma criança age da mesma forma e há aptidões naturais para cada pequeno. 

No artigo de hoje eu respondo se há ou não idade mínima para começar a praticar esportes e a importância dos exercícios para crianças já diagnosticadas com TEA.

Com qual idade a criança pode praticar esportes?

Antes de responder esta pergunta, é importante explicar a diferença entre atividade física e esporte. 

Atividade física corresponde a tudo que gera algum gasto calórico, como correr, saltar, arremessar uma bola. Agora praticar esportes – individuais e coletivos – envolve uma série de regras e, em muitos casos, características competitivas, como marcas a serem superadas e recordes.

Dos dois aos sete anos, a criança passa pela fase motora fundamental, momento no qual ela desenvolve os movimentos fundamentais, como correr, saltar com as duas pernas, chutar, quicar a bola de basquete, diferentes arremessos e outros movimentos que ela usará para o resto da vida. Nessa fase o indicado é a prática das atividades físicas por diversão. 

A partir dos sete, oito anos começam os movimentos específicos, que é quando diferentes habilidades motoras são unidas e refinafas para a prática de esportes. Um exemplo é quando a criança passa a juntar a corrida com o quique de bola para jogar basquete.

Portanto, as fases do desenvolvimento motor precisam ser respeitadas. Uma criança com cinco anos matriculada na natação ou na escolinha de futebol vai se desenvolver e aprender alguns movimentos, mas não competir, por exemplo. 

Sendo assim, não há idade mínima para uma criança praticar atividades físicas, tudo depende das habilidades e desenvoltura do próprio pequeno. Mas para praticar esportes para competir, o ideal é que o início seja a partir dos sete anos e existem estudos mostrando que algumas crianças estão prontas para os esportes competitivos aos 10 anos. 

É importante também ter atenção ao tempo que a criança vai realizar uma atividade física ou praticar um esporte, à intensidade de cada atividade e à repetição dos exercícios. 

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Entre as crianças com TEA, há a necessidade de ambientes mais controláveis e o acompanhamento mais ativo, deve levar em consideração o nível de compreensão, coordenação motora e a aptidão fisica para saber se aprendizagem precisa de uma aula em turma, em pares ou precisa começar individualmente. 

Também vale destacar que se deve dar preferência para atividades em ambientes mais controlados devido a questões individuais, e evitar espaços como academias e ambientes particulares fechados com barulho, muita gente se movimentando, iluminação, cheiro etc. Desse modo, você evita que a criança fique desconfortável por diferentes fatores sensoriais. 

Em geral, todos os exercícios devem ser menos intensos e com o aumento gradativo para que não haja nenhum dano à saúde.

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Risco da prática de esportes sem acompanhamento

As atividades físicas para jovens e crianças com TEA requerem um acompanhamento especializado para evitar qualquer intromissão no desenvolvimento do pequeno.

Caso os exercícios não sigam nenhum tipo de instrução ou sejam praticados de forma descabida, há a possibilidade de o jovem provocar mudanças na produção e circulação do hormônio do crescimento.

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Por que é importante a criança com TEA praticar esportes?

Os esportes são fundamentais para todas as crianças com TEA por estarem relacionadas à produção de endorfina, responsável pela sensação de bem-estar, qualidade do sono e outras funções do sistema nervoso.

Fora esses benefícios aos pequenos, o exercício regular também melhora as aptidões motoras e promove habilidades sociais, reduzindo a hiperatividade e a sensação de ansiedade.

A prática constante aprimora a postura corporal e melhora a flexibilidade através do ganho de equilíbrio e dos gestos mais precisos da coordenação motora. Vale destacar que a noção do ambiente também fica mais acentuada entre os pequenos.

Abaixo você confere alguns os benefícios das atividades físicas para crianças com autismo:

• Aprimoramento da comunicação;
• Redução da sensação de ansiedade;
• Construção da autonomia;
• Melhora da qualidade do sono;
• Melhora do humor;
• Aprimoramento de novas aptidões;
• Aumento do foco.

Além disso, ao praticar esportes a crianças faz seu coração bater mais rápido, aumentando a circulação do sangue pelo corpo, inclusive no cérebro. A respiração também se altera, ficando mais rápida e funda, elevando os níveis de oxigênio dos músculos e do cérebro. 

A liberação de neurotransmissores também se dá na prática de esportes. Essas substâncias químicas, entre elas a dopamina e a endorfina, influenciam o funcionamento do nosso cérebro.

Por fim, vale destacar que os exercícios aeróbicos são os mais vantajosos para jovens e crianças com autismo. Ao contrário de outros exercícios, o aeróbico trabalha diferentes músculos e aprimora diferentes coordenações simultaneamente.

As atividades físicas são importantes aliadas aos pais e podem ser exploradas através de muitas brincadeiras ainda na infância.

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